segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Despertando do sonho

O céu incrivelmente lindo, as montanhas azuladas ao fundo e a grama verdinha. Por cima da relva, ela vinha em minha direção, segurou em meus braços e me puxou para o canto. Meu coração disparou. A menina pela qual eu era completamente apaixonado queria me dizer algo. Começou explicando que sempre me queria e que não gostava mais de seu namorado. Fechei os olhos e fomos de lábios em direção ao outro. Não sei se cheguei a sentir seus lábios tocarem nos meus, mas não deu para colocarmos nossas línguas além deles. O celular despertara na hora programada e me trazia de volta a realidade.

Devia acordar e ir trabalhar. Levar bronca do chefe mal humorado. Depois, ir à faculdade. No caminho do trabalho, percebia que o aparelho celular definitivamente não era meu amigo: além de me tirar o beijo, trazia a recordação da última ligação, na qual ela me dizia que gostava de mim mas não podia deixar o namorado.

Na noite seguinte ao devaneio, fechei os olhos na esperança de fechá-los novamente em meus sonhos para poder beijá-la. Mais uma vez o celular berrava em meus ouvidos anunciando a hora. Mas não sonhei. A noite fora vazia e fria sem os seus beijos e abraços.

Aproveitando o sábado de folga, decidi tornar o sonho realidade. Peguei o mesmo aparelho e liguei para a mulher dos meus sonhos. Comecei contando que havia sonhado com ela, mas fui interrompido. Dizia-me ela para não ligar mais, pois tinha namorado e que já me esquecera. Fechei o celular e acidentalmente o mesmo escorregou de minha mão, espatifando-se no chão. Dessa vez ele não despertaria, pois não era sonho; era um pesadelo real.

2 comentários:

  1. É q tem gente q acha q é educação dizer q que quer mas não pode, em vez de explicar de uma vez q que não quer.

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