sábado, 25 de abril de 2009

Não aguento mais (sem trema)

Nunca fui muito do tipo observador; os mínimos detalhes quase sempre passam despercebidos por meus olhos. Com aqueles dois pinguinhos em cima do "U", então nem se fala. Maldito trema, que, aliás, é mais conhecido como "dois pinguinhos", tal como é o caso das reticências, vulgas "três pontinhos".

Sempre esquecia dos irmãos gêmeos em minhas redações no tempo de escola. Mas, na correção da professora, lá estavam eles de vermelho, como se me dissessem: "esqueceu de mim de novo, seu besta", o que acabou criando uma relação de inimizade entre nós – quando eu não os esquecia, deixava-os de fora de meus textos propositalmente. Eu cá e eles lá.

Mas, como todos sabem, houve um acordo ortográfico entre os países lusófonos (países que falam a língua portuguesa), e, entre outras regras estabelecidas, o trema foi retirado de nossas palavras. Ao ler isso pela primeira vez, inevitavelmente brotou em minha face um sorriso de "bem feito pra ele". Enfim, estaria livre desses dois pinguinhos, que, embora suas regras de utilização não fossem tão difíceis, eram extremamente chatos.

O tempo passou e apaguei de minha mente esses dois. Quando lia palavras como cinqüenta, lingüiça, pregüiça (sic) e etc (Ops, será que preguiça possuía mesmo trema? rs), para mim não passavam de sujeirinhas insignificantes que nem mais tinham valor. Entretanto, mal sabia eu que elas ainda se vingariam de mim, colocando-me numa situação constrangedora.

Semana passada, fui fazer uma prova de português na faculdade. Ela até que estava fácil de início, até cair numa questão, no mínimo, misteriosa, cujo enunciado era: "A propagando abaixo possuía um erro ortográfico para a época, 1991, que hoje em dia não é mais considerado. Descubra-o justificando". E lá estava a questão:
"DIETAS SOB MEDIDA PARA QUEM NÃO AGUENTA MAIS DIETAS".
A professora no momento da explicação ainda disse:
–"Viu como sou boazinha? Estou até dando uma questão de graça."
Evidentemente, o erro ali era a falta do trema na palavra "aguenta"; mas cadê que eu descobria. E o pior que eu nem deixei em branco; acabei inventando um erro nada a ver, o qual prefiro não comentar aqui.

Após entregar a prova, a primeira pessoa que apontou fui logo indagando qual o erro na referida questão. Quando a pessoa me disse qual era, de forma involuntária, minha mão deu um tapa em minha testa e soltei um palavrão cabeludo – que também prefiro não comentar –, deixando um grupo de meninas que estava conversando ao meu lado perplexas.

Estava convencido que evitaria qualquer assunto sobre aquela prova. Mas foi impossível. Estava sentado, solitariamente, quando o grupinho se formou em minha volta discutindo as questões. Um me perguntou:
–"como foi?"
Respondi mais ou menos.
Outro, porém, atingiu meu calcanhar de Aquiles:
–Aquela questão do trema você fez, né?
Gaguejei e perceberam que eu havia errado. Aí já sabem como é aluno. Foi aquele alvoroço, gargalhadas e adjetivos carinhosos, como "anta", "burro", "animal" e etc. Foi aí que eu resolvi procurar outro que também havia errado a mesma questão, para dividirmos o posto de mais burro. Mas não encontrei ninguém que havia compartilhado de minha "falta de atenção" (“acho que prefiro dizer assim”); até o cara mais à toa de minha sala jurou de pé junto que não era tão imbecil assim para errar uma questão daquelas.

A verdade é que o trema, mesmo já extinto, continua me causando transtorno. Ah, como o odeio!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Começando... Testando

Certa vez, há um bom tempo, resolvi criar um blog como esse, onde eu escreveria o que me desse na telha, independente de um tema específico; mas não obtive êxito, já que o meu tempo era reduzido e o número de visitantes era pouco. Aliás, escrever um blog sem tema específico é como uma banda de música eclética: o pessoal até acha legalzinho, mas nunca faz sucesso. Esse, porém, não deve ser diferente, pois o meu tempo está menor e ainda continuo escrevendo as mesmas baboseiras de outrora.

De qualquer forma, estou de volta... Enquanto durar...

Ah... E antes que eu esqueça: meu nome é Fabrício, tenho 18 anos (quase 19), moro no Espírito Santo (aquele lugarzinho entre a Bahia e o Rio de Janeiro que quase ninguém ouve falar – até parece que eu estou falando do Acre) e sou estudante de direito. Por enquanto, isso já basta sobre mim. Quem quiser descobrir um pouco mais sobre minha pessoa – que, confesso, não é nada tão exuberante – é só dar uma passadinha de vez enquanto por aqui. Até mais.